quinta-feira, 29 de março de 2012

Variações Climáticas

                Hoje mais que nunca a preocupação com a variação do clima a nível regional e global, é tida em conta pela população mundial.
                As Variações Climáticas ocorrem em diferentes escalas de tempo, podendo ocorrer anos secos intercalados com anos chuvosos sendo a distribuição geográfica um dos factores que mas influênciam estas variações.
                Variações climáticas, como sendo um "fenómeno que ocorre em diferentes escalas de tempo, sendo o conjunto de alguns anos molhados (ou anos de seca), ou seja, a persistência, de grandes tendências do precipitação ou temperatura que são detectáveis ao longo de séculos ou milénios, ou seja, as alterações climáticas".
                As Alterações a que se assiste ou irá assistir serão relacionadas com a Temperatura (grandes oscilações), Precipitação ( mudanças na sua sazonalidade ou perda dela), Nebulosidades (acumulação de gases), etc. Todas elas vão condicionar a forma dos ecossistemas e de vida que hoje se conhece, pelas suas consequências.
                No que diz respeito à Temperatura haverá grandes oscilações (os extremos serão cada vez mais extremos), prevendo-se um aumento de cerca de 1;4ºC a 5;8ºC até 2100 que levarão ao degelo das calotes glaciares e a subida do Nível Médio do Mar que se prevê ser de 15 a 95 cm nos próximos 100 anos, estando hoje a uma taxa de 1.5/2 mm por ano, dependendo mais uma vez a que zona do globo se está a referir. As Alterações Climáticas, no nosso país, irão sentir-se com mais intensidade na zona sul costeira, ao nível dos recursos hídricos.
                 Todas estas alterações têm impactos a nível dos Recursos Hídricos, Agricultura (qualidade dos solos), Zonas costeiras (Subida do Nível Médio do Mar), Ecossistemas terrestres e marinhos, Biodiversidade, Saúde, Energia e que na maioria das vezes infelizmente não são compreendidas pela população em geral.
                Assim, tornando estes factos numa preocupação e tentando definir estratégias de protecção a nível global, foi assinado em Junho de 1992, no Rio de Janeiro, por 175 países, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, tendo como objectivo "evitar uma interferência humana perigosa no sistema climático." No entanto, a sua assinatura mostrou-se insuficiente para "incentivar" os países a seguir os objectivos traçados. Deste modo, em 1997 foi aprovado o Protocolo de Quioto que obriga os países desenvolvidos a limitarem a emissão de poluentes (dióxido de carbono (CO2);metano (CH4); óxido nitroso (N2O); hidrofluorcarbonetos (HFCs); hidrocarbonetos perfluorados (PFCs); hexafluoreto de enxofre (SF6)).
                No entanto, há que ter em conta que as alterações climáticas sempre existiram como fenómeno natural e cíclico, só que se tem vindo a agravar pelo crescimento demográfico e pelo desenvolvimento tecnológico e científico. Actualmente, constitui uma das mais sérias ameaças ambientais com fortes impactos nos ecossistemas, na gestão da água, na saúde e nas actividades económicas.
                Os indicadores climáticos apontam para que as ondas de calor, idênticas á sentida no ano de 2005 por toda a Europa, particularmente no mês de Agosto em Portugal, tornar-se-ão  frequentes no futuro trazendo consequências devastadoras ao nível sócio-económico, saúde, bem como nos sistemas biofisicos.  Os dias anuais, em média, de temperatura máxima superior a 35ºC no sul do país, é actualmente de 10 a 30 dias, no futuro(2080/2100) passarão para 80 a 120 dias. Estes acontecimentos vão conduzir a uma Desertificação gradual do sul do país que será agravada ao mesmo tempo pela "subida" do deserto do Sahara.
                Se por um lado as temperaturas vão subir e "aquecer" o país, por outro lado nos países nórdicos, bem como no norte de Portugal, vai-se sentir também o efeito da subida do nível do mar proporcionado pelo aumento da temperatura.


 
Bibliografia:
·         Associação Portuguesa de Recursos Hídricos, A Percepção Social das Alterações Climáticas e do risco de cheia, 7º congresso da água
·         SANTOS, Filipe; Impactos das Alterações Climáticas em Portugal; faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; 5 de Dezembro de 2005
·         SMITH, Keith and WARD Roy; Floods: Physical Events and Natural Hazards,Wiley 1998
·         BENITO, G.; LLASAT, M.C., et all; Paleoefloods, Historical Data Aclimatic Variability – Applications in flood risk assessment; CSIC, Spain, 2002. – (LINS, H.F.; COHN, T.A.; Floods in the greenhouse: spinning the right tale )

·         http://www.apfm.info/ifm.htm
·         http://news.nationalgeographic.com/news/2002/01/0130_020130_greatfloods.html
·         http://cfa-www.harvard.edu/space_geodesy/SEALEVEL
·         http://www.euronatura.pt

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